quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O perigo dos adoçantes artificiais

A imagem da magreza, relacionada ao uso de adoçantes artificiais, em contraposição à obesidade e ao consumo de açúcar, utilizada na mídia, é muito simplista para dar conta da complexidade dos problemas relativos à obesidade. Além disso, as propagandas ignoram a ação tóxica dos adoçantes artificiais e as repercussões do seu uso na saúde humana. O aspartame é uma neurotoxina, ou seja, uma droga que destrói o sistema nervoso e o cérebro. Sua molécula tem três componentes: o ácido aspártico, a fenilalanina e o metanol. O ácido aspártico causa lesões cerebrais em experiência com animais. A fenilalanina existente no aspartame é neurotóxica, quando isolada dos outros aminoácidos das proteínas.















Facilita a ocorrência de ataques epiléticos e bloqueia a produção de serotonina, que é uma das substâncias existentes no cérebro para regular o sono. Níveis baixos de serotonina, além de insônia, provocam depressão, angústia e alterações no humor. O metanol, depois de ingerido, converte-se em formalteído e ácido fórmico (principal componente do veneno das picadas da formigas). O formaldeído também é uma neurotoxina de ação cancerígina e faz parte do mesmo grupo das drogas como cianeto e arsênico















Segundo o médico oncologista Dr. Juvenal Antunes Oliveira Filho, apesar de possuir um poder de adoçamento muito maior que o açúcar de cana comum, aliado a baixíssimas calorias, o uso constante de adoçantes artificiais pode criar problemas para o organismo, incluindo o aparecimento e agravamento de tumores em vários órgãos. Os ciclamatos foram proibidos nos EUA, mas continuam sendo vendidos livremente no Brasil. Nos anos 70 o Ministério da Saúde brasileiro proibiu a comercialização da sacarina, quando pesquisadores norte-americanos alardearam que esse adoçante poderia provocar câncer da bexiga em ratos. O câncer de bexiga é o segundo de maior incidência dos órgãos urogenitais no público masculino, perdendo apenas para o de próstata e representando 3% do total de tumores no Brasil. Órgãos oficiais prevêem aumento de 50% dos casos no mundo até 2020.


Segundo o médico,o aspartame pode estar relacionado com o desenvolvimento da doença de Alzheimer e de tumores cerebrais, cuja incidência tem crescido significativamente, embora não exista prova concreta dessa relação em ambas as doenças (Oncocamp, 2004). Leaderer (1991) desenvolveu estudos que mostram que o ciclamato, o aspartame e a sacarina usados em produtos light causam câncer de bexiga em cobaias.

Pesquisadores alertam que níveis baixos de aspartame desequilibram a função das glândulas pituitárias de camundongos. O bom funcionamento desta glândula garante o equilíbrio de inúmeros processos bioquímicos no organismo (Schainker; Olney, 1974). Alguns pesquisadores alertam para o fato de que o uso do aspartame de ação neurotóxica, pode estar relacionado a doenças sérias como o mal de Alzheimer, esclerose múltipla, doença de Parkinson e lúpus sistêmico.

Também disfuções como tontura, dores musculares, pressão alta, hemorragia de retina e depressão são associadas ao uso contínuo de adoçantes artificiais na dieta através de refrigerantes, de sucos de frutas, chocolates, balas, chicletes e produtos light em geral.
Uma lista de cinquenta e sete estudos científicos sobre as consequências do uso desse adoçante pode ser encontrada no sítio eletrônico do Aspartame Victims Support Group: http://presidiotex.com/aspartame/index.html - acesso em 2 jun 2005.














Com a expansão das dietas de redução calórica e com o crescimento da produção em larga escala de produtos diet e light, o uso de edulcorantes tem aumentando muito nos últimos anos. Essa tendência mais a correlação entre o câncer e os adoçantes, fez com que a Organização Mundial de Saúde recomendasse a ingestão diária do ciclamato em valores localizados entre 0,1 a 11 mg de adoçante por kg de peso corporal como aceitável, evitando intoxicações e maiores riscos à saúde (Fallon; Enig, 1999).

Os refrigerantes, chocolates, chicletes, geléias e outros produtos adoçados artificialmente - alguns conhecidos como sugar free - representam um grande perigo para a população. Os edulcorantes são medicamentos e só deveriam ser utilizados com moderação pelos diabéticos, que podem optar por um adoçante natural, a planta stévia, na forma de chá concentrado ou em pó, industrializada. Porém, é preciso certificar-se de sua pureza e integridade através das indicações do rótulo, pois muitos adoçantes à base de stévia, vendidos no mercado, contêm também adoçantes artificiais. Alerta-se que mesmo essa planta deve ser usada sob prescrição dietética".























Nota da Redação:
Texto extraído do livro: "Alimentos Orgânicos" gentilmente cedido pela autora Dra. Elaine de Azevedo. Para adquirir o livro e ter acesso a todo conteúdo, entre em contato com a autora através do e-mail: elaine@portalorganico.com.br

*Sobre a autora: A Dra. Elaine é nutricionista, especializada em Nutrição Antroposófica pela Associação Brasileira de Medicina Antroposófica, mestre em Agroecossistemas pela UFSC e doutoranda em Sociologia Ambiental pela mesma universidade. É consultora e ministra aulas em diversos cursos de Agricultura Orgânica e Biodinâmica no país. É consultora e colaboradora do site de Nutrição do Portal Orgânico e autora de dois livros: Alimentos Orgânicos e Trofoterapia e Nutracêutica, um livro com dieta e orientações nutricionais.

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